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DASPU faz história no MASP
Daspu fez, no domingo dia 26 de maio de 2018, história no Masp. Como parte da oficina “Costuras Criativas com Daspu” realizada nos dias 25 e 26 de maio de 2018, e integrando a programação "Histórias das mulheres, histórias feministas", o desfile por mera ou "puta" coincidência, aconteceu no mesmo dia da manifestação pró-bolsonaro, Assim como na criação da marca em 2005, a tensão e o confronto com os simpatizantes do presidente reacendeu novamente as fronteiras que cruzam esses dois mundos, Daslu x Daspu, luxo-lixo, puta-santa, ativando o que há de mais potente e singular na Daspu: sua promiscuidade de corpos e a afirmação da palavra PUTA, e com ela a história desse estigma, que é ainda hoje o maior estigma da sociedade direcionado principalmente às mulheres (cis, travestis ou trans) que “escapam” as normas. Neste confronto de ideias, corpos e protestos, a história aconteceu ali, com corpos reais, diversos e suas sexualidades fluidas, em uma transa gostosa com o projeto arquitetônico da Lina Bo Bardi, que acabou se tornando uma parte da história do museu, as PUTAS no museu de arte. A oficina "costuras criativas com Daspu" reuniu pessoas do mundo da moda com simpatizantes Daspu e outras pessoas interessadas na equação "promíscua" puta + moda. A atividade propôs a criação e construção coletiva de peças de roupa para corpos reais e diversos, trazendo discussões sobre os sentidos sociais, estéticos e políticos do “vestir-se de puta”, e de questões de gênero, sexualidade e beleza. O vestuário produzido integrará a nova coleção. No primeiro dia, após uma contextualização histórica sobre o movimento de prostitutas e a Daspu, os participantes foram convidados a experimentar técnicas de moulage e costura para criação de modelos de “calcinha para travestis e mulheres trans”, “peça parangolé”, “hot body moulage” e “cropped moulage”. No segundo encontro, o grupo compartilhou técnicas de maquiagem e beleza, bem como a criação do desfile-performance, que aconteceu no vão livre do MASP A Daspu foi criada em 2005 pela escritora e prostituta Gabriela Leite, fundadora do movimento organizado de prostitutas do Brasil. A grife nasceu para dar visibilidade as reivindicações das prostitutas e sustentabilidade à organização Davida, fundada na década de 1990 em prol da promoção dos direitos de trabalhadorxs do sexo. Com a repercussão gerada pela proposição, a grife acabou se tornando um dispositivo artístico-cultural, que dialoga com questões relacionadas ao corpo, no embate às normas sexuais e de gênero, trazendo para a passarela as lutas feministas e LGBTQI+. A propositora da oficina, Elaine Bortolanza, é pesquisadora, doutora em Psicologia, com a tese Zonas de Promiscuidade: trottoir do desejo sexual, produtora cultural e ativista. Integra a Rede Brasileira de Prostitutas fundada por Gabriela Leite, bem como o coletivo Davida. Nos últimos anos, vem atuando como curadora e produtora da Daspu. Colaborou na criação do projeto Boteco da Diversidade do SESC Pompeia, que une arte e política para discutir questões relacionadas à diversidade cultural e à defesa dos direitos humanos. Junto com Elaine, conduziram a oficina os profissionais: Ale Marques, design e artesão da moda, criador da última coleção Daspu “zonas de promiscuidade” que foi apresentada no Sesc Pompeia, 2015 com lançamento das estampas com desenho da Laerte.

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